quinta-feira

Mãos Dadas


Drummond de Andrade

Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considere a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.
Não serei o cantor de uma mulher, de uma história.
não direi suspiros ao anoitecer, a paisagem vista na janela.
não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida.
não fugirei para ilhas nem serei raptado por serafins.
O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes, a vida presente.

5 comentários:

  1. Anônimo09:55

    Agradecemos a visita no Miolo.
    Helena de Tróia

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  2. Cara Maria:

    Vim atualizar as visitas e deixar um bom domingo para você

    Bjs

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  3. Anônimo19:48

    Maria,

    Ótimo e eterno Drummond!

    "li seu comentário em minha coluna 'Hein!?' no Miolo-de-pote sobre alguns aspectos da cultura ou falta dela no sistema municipal brasileiro. Você falou sobre a credibilidade das ONG's, achei ótima a sua observação. lembrei-me de um trabalho voluntário que fui fazer em uma ONG e com tanto engajamento acabei vendo e descobrindo o verdadeiro processo da mesma; lavagem de dinheiro e péssima administração dos recursos "doados". Uma desilusão muito triste. Concordo... Razão para você.

    Abraço!
    Weberth Mota

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  4. Passei para dar um abraço e desejar um bom final de semana. Abraços

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  5. Maria
    Interrompi a fisioterapia para publicar o post em solidariedade ao jornalista Reinaldo Azevedo. Agradeço as palavras de carinho no blog. Se é que é possível,- tenha um bom domingo. Beijos.

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