sexta-feira

A DERRADEIRA CEIA


"A Derradeira Ceia"
Peça de Luiz Marinho retrata o regionalismo através do cangaço

Um enredo que conta um pouco da história do Sertão nordestino, através da trajetória do cangaço de Virgulino Ferreira, o destemido Lampião. "A Derradeira Ceia", de Luiz Marinho, foi escrita na década de sessenta e agora será encenada no Recife no Teatro Barreto Jr, no mês de agosto (ver cartaz). A direção ficou a cargo de Normando Roberto Santos, que também encena a peça, interpretando o papel de Manoel Roque, sertanejo contrário ao bando de Lampião, mas fiel a suas origens e povo. Saturnino e Nazinha são personagens centrais que protegem o bando do Capitão Virgulino, e são popularmente chamados de coiteiros. O conflito está formado, os dois compadres, um a favor do cangaço, e o outro contra, e cada um com motivos sempre fortes para entregar o outro. A produção da peça é da NRS e Haja Teatro.

Elenco: Amaro Vieira, André Ramos, Josy Ventura, Lamir Verçoza, Marco Caetano, Maria Oliveira, Mário Miranda, Nicole Vergueiro, Normando Roberto Santos, Paulo Nascimento e Regina Morais.

*Sobre o autor

Luiz Marinho Falcão Filho nasceu em 8 de maio de 1926, em Timbaúba, cidade da Mata Norte de Pernambuco, e faleceu no Recife, em 3 de fevereiro de 2002. Assim como tantos de sua geração, que nasceram sob a influência da literatura regionalista de 30 (Graciliano Ramos, José Lins do Rego, Jorge Amado, Érico Veríssimo...), Marinho também traduziu em sua obra (iniciada em 1960) o universo social e cultural da sua região, matéria-prima permanente do seu texto dramatúrgico. No entanto, toda essa matéria-prima foi trabalhada pelo amálgama da memória. E essas memórias em forma de teatro lhe deram, entre outros prêmios: o Molière, o da Academia Brasileira de Letras, o da Academia Pernambucana de Letras e o Estaduais de Teatro (do então Estado da Guanabara). Deram-lhe mais: o permanente reconhecimento de todos aqueles que um dia sentaram, enquanto platéia, num teatro - do Recife ou de outra cidade qualquer do Brasil - para assistir, aplaudir, rir, chorar e se emocionar com alguns dos seus textos.

(Anco Márcio Tenório Vieira* - Autor da obra "Luiz Marinho - Um sábado que não entardece" de 2004.)

quarta-feira

Eu e meu filho

Na música...
No teatro de bonecos...

Carnaval 2009

Caboclo de Lança, Maracatu de Baque Solto (Maracatu Rural) - Pernambuco, Brasil


Você está rindo de que?
Você tem motivos para sorrir?
Você está fazendo o maior Carnaval da sua vida?
Bom, Carnaval é algo que não se traduz.

Carnaval é CARNAVAL.

E mesmo que não se tenha motivos para comemorar, o Carnaval sempre será!


Meteram uma peixeira no bucho de Colombina
que a pobre, coitada, a canela esticou!
Deram um rabo-de-arraia em Arlequim,
um clister-de-sebo-quente em Pierrot!

E somente ficaram os máscaras da terra:
Parafusos, Mateus e Papanguas...
e as Bestas-Feras impertinentes,
os cabeções e as Burras-Calus...
realizando, contentes, o carnaval do Recife,
o carnaval mulato do Recife,
o carnaval melhor do mundo!

- Mulata danada, lá vem Quitandeira,
lá vem Quitandeira que tá de matá!

- Olha o passo do siricongado!
- Olha o passo da siriema!
- Olha o passo do jaburu!
- E a Nação-de-Cambinda-Velha!
- E a Nação-de-Cambinda-Nova!
- E a Nação-de-Leão-Coroado!

- Danou-se, mulata, que o queima é danado!

- Eu quero virá arcanfô!
Que imensa poesia nos blocos cantando:
"Todo mundo emprega
grande catatau,
pra ver se me pega
teu olho mau!"

- Viva o Bloco das Flores! - Os Batutas! - Apois-Fum!
(Como é brasileira a verve desse nome, Apois-Fum)
E o Clube do Pão Duro!
(É mesmo duro de roer o pão do pobre!)

Lá vem o homem dos três cabaços na vara!
"Quem tirar a polícia prende!"
Êh garajuba!

Carnavá, meu carnavá,
tua alegria me consome...
chegô o tempo das muié largá os home!
chegô o tempo das muié largá os home!

Chegou lá nada...
Chegou foi o tempo d'elas pegarem os homens,
porque chegou o carnaval do Recife,
o carnaval mulato do Recife,
o carnaval melhor do mundo!

- Pega o pirão, esmorrecido!

Carnaval do Recife, de Ascenso Ferreira

sexta-feira

Ano Novo com os mais lindos!


Pedrinho, pedrinha preciosa. É fofura com certeza!
Ano Novo, que beleza!

Uma foto roubada por uma boa causa: Senhor, fazei-nos simples , criativos e peraltas como as crianças!